27 de agosto de 2009

2º Capitulo


2. Agora.
Estou com 20 anos, mas aparentemente tenho 18, eternos 18.
Sinto muita saudade de Forks, apesar do clima ser muito parecido, era muito bom morar tão próxima do Jacob, e ate mesmo do vovô Charlie.
Nossas casas são bem parecidas com as que tínhamos lá. Apenas meu quarto é bem maior que antes.
A vida aqui é bem tranqüila, apenas quando vamos caçar longe, é muito divertido ou quando viajamos para o exterior. Estamos pensando em ir para a Ilha Esme, passar um tempo lá. Eu gosto dá idéia apenas, não gosto do Jake não poder ir.
Sam não é mais o líder Alfa ou Beta, ele deixou de ser transmorfo – lobisomem - para ficar com Emily, a uns 10 anos atrás. Seat e Leah, ainda são lobos, de vez e quando vem junto com Jacob, assim não perdem seus dons.
Eu e Jake temos uma relação muito boa, ainda me lembro de como tinha medo de não amá-lo do jeito q ele me amava, mas até q foi mto simples, foi exatamente quando eu fiz 12 anos, que demos o primeiro beijo, eu já tinha a aparência de uma garota de 17 e a mentalidade de uma adulta. Foi muito lindo e romântico, ele me levou para um lugar em q podíamos ver perfeitamente o pôr-do-sol, enquanto o admirávamos eu disse “Q lindo!” e ele “Como vc”, e lentamente se aproximou de mim e nos beijamos. A partir de em diante, vivemos como um casal, mas não deixamos de sermos os melhor amigos, discutimos e brincamos toda hora. Na hora de dormir, ele continua dormindo comigo, meus pais não gostam muito dessa historia - já q somos um casal - mas meu pai sempre está de olho, então praticamente nem podemos “pensar” em fazer alguma coisa. Às vezes quando a coisa esquenta, eu uso meu dom –mostro - ao Jake meu pai invadindo o quarto e o colocando pra fora, ele sempre para na hora.

Era mais uma noite em que fiquei acordada, jake não estava comigo, me levantei, me alonguei e fui me arrumar. Desci para ver meus pais.
-Bom dia, querida! – disse mamãe e me deu um beijo na testa
-Bom dia... Mãe, nos vamos mesmo para a Ilha Esme? – eu perguntei, sentando na cadeira da cozinha.
-Sim, vamos depois de amanha. – ela sorriu animada
-Há! Cadê meu pai? – eu não sentia o cheiro dele pela casa
-Foi caça com seus tios.
-E vc não foi. Por quê? – perguntei surpresa
-Alice! Queria que eu fosse com ela fazer comprar para a viagem. – ela revirou os olhos. Certas coisas nunca mudam. Eu ri baixo- E você vai?
-Acho q não, Jake e eu vamos passear de moto... – eu fiquei animada, amava a minha moto roxa e preta, Jake me deu de presente de aniversario.
-Ah, claro! – mamãe se lembrou da minha moto nova.
Senti o cheiro de Alice, e não demorou muito para ela bater na porta, depois de dois Toc-Toc ela não esperou e entrou.
-Oi, Nessie – disse Alice animada como todos os dias. – Vamos, Bella!- ela batia levemente o pé, como se estivesse com pressa.
-Fazer o que... – disse Bella, mas Alice já pegará seu braço e o puxará, ela me deu um beijo rápido – Ate mais, querida. – e Alice a levou.
-Você vai gostar Bella... Até Nessie! – e elas saíram pela porta.
-Até!- eu disse antes de sumirem de vista
Estava sozinha, e a única pessoa q queria estar quando estava sozinha era ele. Não demoro muito para eu ouvir o ronco do motor de sua moto preta, de sei lá quantos anos atrás, ele teve que mudá-la por causa do desgaste do tempo. Eu corri pra porta.
Ele encostou a moto, veio em minha direção, e logo seus lábios estavam nos meus, nos beijamos por um tempo ate eu sentir um vento frio em minhas pernas, eu ainda estava de pijama. Não queria me desgrudar dele, seu corpo quente, lutava contra o vento frio que passava pelo meu corpo. Mas eu consegui tirar minha boca da dele.
-Deixa eu me trocar, e agente já vai! –
-Ok! – mas antes de me soltar ele puxou para mais perto e me deu um selinho.
Eu subi correndo e coloquei uma calça jeans, uma blusa branca e uma jaqueta de couro bege. Desci e vi Jacob comendo umas panquecas que estavam na mesa.
-Acho que isso não era pra você! – ele apontou para a metade dá panqueca.
-Com certeza não, minha mãe deve ter deixado pra vc! – eu sorri, ela era a melhor mãe do mundo. -Vamos! – ele engoliu o último pedaço e fomos para a garagem.
Eu subi na minha moto (Honda CBR, fantástica, tão linda quanto rápida) e a levei pra fora, ele subiu na dele e fomos para a cidade em Port Ludlow.
Fomos ao cinema, a lanchonete – eu apenas o vi comer – e andamos pelo porto, só me dei conta da hora quando vi o sol se por.
Estamos sentados de frente ao mar, nossos pés tocavam a água - é
provável que ela estivesse congelando, mas como meu corpo se adapta a temperatura, estava quentinha.Ele se deitou na ponte e colocou sua cabeça em meu colo, acariciei seu cabelo e ele fechou os olhos.
-Sabe acho q minha vida não podia ser melhor... – ele abriu um sorriso sereno, ainda de olhos fechados.
Eu olhei para o mar, q refletia os últimos raios de sol.
E pensei... Será q minha vida pode ficar melhor? Eu sou completamente feliz? Eu tinha essas respostas? Mas fui interrompida...
-O que foi? – eu olhei para baixo , ele estava me encarando, tentando ler minha expressão. Eu sorri envergonhada.
-Nada, só estava pensando... – ele semicerrou os olhos, mas logo os fechou.
-Jake, já que está na hora de irmos... - eu não queria estragar o momento de plena paz dele, mas estava escuro. Não que estar de noite e longe de casa me preocupasse, mas á meus pais sim.
-Ok... - ele levantou lentamente e me deu um beijo.

Enquanto voltávamos para casa, meu celular tocou, eu facilmente podia estar no telefone e continuar dirigindo, mas os costumes humanos –corretos – me fizeram parar a moto, Jake me esperou...
Olhei no visor, era Edward.
-Oi...
-Onde você ta? – a voz dele de preocupação.
-Já estou indo para casa, Jake está comigo... – eu pude ouvir um leve sussurro pelo telefone “é isso o problema” de meu pai...
- Para com isso, pai! Estamos indo para casa. Tchau!- eu desliguei o telefone indignada.
Edward e Jacob se conhecem a mais de 22 anos e mesmo assim não deixou, ou deixaram os costumes ( vampiro X lobisomem ) de lado, Ridículo! Ou talvez fosse apenas ciúmes de pai.
-Tudo bem? – perguntou Jake, vendo minha cara.
-To. Era meu pai, ele falou uma coisa que não gostei... – eu balancei a cabeça tentando deixar pra lá.
Jacob fez um cara de reprovação e ligou a moto. Voltamos com o mesmo entusiasmo de quando fomos. Apostamos corrida, mas Jacob ganhou, sua moto era mais potente q a minha, meus pais não queriam q eu tivesse uma com mais de 500cc. Ter pais vampiros deve ser muito pior q ter pais humanos. Super-proteção – o que pode ser mais forte do que meu próprio corpo, talvez a frenética batida do meu coração, os faça pensar q sou mais parecida com os humanos do que realmente sou.
Chegamos em casa.
-Há!Ha! Nessa modalidade eu ganhei!
Eu fiz cara de brava, eu não teria perdido se tivesse uma moto mais potente...
Ele parou de rir e se aproximou.
-Desculpa amor – ele passou seus braços ao meu redor – mas você sempre ganha em... Tudo. – ele fez uma carinha de dó, tão linda que iria beijá-lo ate não poder mais.
Mas parei quando ouvi os passos de Bella e Edward vindo para fora.
- Oi, mãe e... pai. – eu disse com indiferença quando eles saíram.
-Oi Bells, Edward... – jake ainda estava com os braços ao meu redor.

“Pai!! Não gostei nem um pouco do que você falou no telefone , então o Jake vai dormi aqui hoje! “- eu falei em pensamento

Eu me foquei em Edward e pude ouvi-lo...

“Você sabe que eu não falei por mal, me irritar não vai adiantar em nada!” ele me censurou

-Jake, hoje você vai dormir aqui, Ok?! – ele me olhou confuso, já estava planejado que ele dormiria em um hotel ou coisa parecida.
Ele olhou para Bella, que parecia tão confusa quanto ele, e para Edward q estava com um olhar de reprovação. Mas como Jacob adorava uma intriga, ou simplesmente desafiar Edward...
-Claro! – ele disse animado e me deu um selinho.
Eu e minha mãe fizemos o jantar - canelone – eu somente comi para acompanhar Jake e deixar meus pais satisfeitos. Jacob devorou a travessa inteira, como sempre.
Vimos um pouco de TV, e para meu desgosto meu pai tocou em um assunto q Jacob ainda não estava a par.
-Querida, é provável q vamos amanha a noite para o Rio. - ele anunciou.
Jake se assustou ao meu lado; e ficou esperando minha resposta.
-Tudo bem! – foi o que consegui dizer, estava temendo a reação de Jacob, não sabia se ele falaria para eu ir, para ficar, para decidir por mim mesma...
Esperei q ele falasse alguma coisa, mas nada, continuou olhando para TV, como se meu pai não tivesse falado nada.
Meus pais foram para o quarto, eu e Jake também.
Sentei na cama, e fiquei olhando para ele esperando q ele falasse.
-Já passamos por isso, não é a primeira, nem a ultima vez q ficaremos longe, sei q podíamos ficar aproveitando, se não estivesse lá. Mas... – ele parou, era a hora de saber o que ele queria que eu fizesse – você deve passar o tempo com a sua família, e ... – parou novamente – tentar ver como é uma vida sem mim.
Eu me assustei e gelei, mas logo tive uma explosão de realidade.
-NOSSA JAKE, NÃO É PRA TANTO!! – eu elevei meu tom de voz, assustada.
Ele riu.
-Desculpa, não foi isso q eu quis dizer. – ele segurou minhas mãos, e ficou olhando para elas – apenas, quando estiver na ilha Esme , pense se vc é realmente feliz, lembra da nossa conversa em Port Ludlow?
Ele olhou para mim e eu apenas acenei com a cabeça.
-Então, quero que você pense, e reflita sobre oq realmente quer da sua vida, quais as sua ambições e objetivos, se vc realmente quer viver sempre assim: me ver , casar comigo , ter filhos nem sei se vc pode... - ele balançou a cabeça – e viver ao lado de seus pais, talvez cursar uma faculdade ou varias, ate q eu morra, vc sabe q eu não viverei para sempre, talvez 500 anos ou mais... – ele olhou nos meus olhos com pura inocência – vc está me entendendo?
Eu parei por uns instantes para tentar assimilar o que ele estava me dizendo.
-Você quer que eu tenha aventuras, um destino emocionante e empolgante, e... - eu dei um intervalo – você acha que só terei isso longe de você? – eu olhei para ele tentando acreditar que ele não queria dizer aquilo.
- Sim, não digo que sou a única coisa que a prende aqui, sua família é tão importante quanto eu, mas sei que ela a apoiará em qualquer decisão que você tomar, e eu sou uma coisa a parte, que á prende na idéia de que seu destino já esta escrito, eu... - ele respirou fundo - eu apenas quero que você descubra se realmente sou o seu destino.
Estava prestes a dar-lo um sermão, dizendo que ele era quem eu amava que nunca o – deixaria, que ele não era uma coisa a parte e sim um quase todo.
Mas eu mesma tinha essa duvidas, e talvez o que estive esperando era que ele falasse, permitisse que eu tivesse minhas próprias aventuras, apenas eu; sem minha família, sem... ele.
Talvez fosse isso o que tenho procurado, a resposta, do: se sou completamente feliz .
O silencio preencheu o quarto, apenas o meu coração e o dele batendo desigual.

-Jake. – eu não olhava para ele.
-O que? – sua voz era suave e baixa.
-Você sabe que eu te amo, não sabe?
Ele se aproximou e sentou ao meu lado.
- Que tipo de amor você sente? – eu olhei para ele indignada, pela pergunta sem sentido, ele deu um sorriso e continuou. – eu errei com sua mãe, varias e varias vezes, mas sei q é diferente com vc. Eu tenho “imprint” por vc, mas o que vc tem por mim? Você me ama exatamente da mesma maneira que eu te amo? Você não é uma humana como a Emily ou a Clare, você é meio-vampira, um vampiro. Sei que vou me arrepender de dizer isso... – ele suspirou - eu quero que você prove de outros amores... Vc já amou outra pessoa alem de mim? E não estou falando da sua família...
Eu pensei, pensei, procurei por alguém nos meus 20 anos de vida, mas nada, não tinha amada ninguém alem dele, não por não ter achado, mas por nunca querer ou ter procurado.
-Não... – eu sussurrei me rendendo.
-Então como você pode saber se é realmente amor, amor de alma gêmea, amor como a de seus tios e de seus pais, como você pode saber se me ama completamente, sinceramente se nunca provou de outro amor. Eu já provei, amei com todas as minhas forças a sua mãe e vc sabe disso, mas quando vi vc nunca senti nada igual, muito diferente do que sentia por sua mãe, era um simples e puro amor... – ele me olhou novamente com aquele olhar de fascinou, mas eu continue a olhar para seus olhos tentando compreender.
-Você realmente quer q eu tente amar outro, para poder saber se realmente amo você?!- eu o encarei - Você é louco?! – eu fiz uma careta, ele sorriu
-Posso realmente ser... Mas não pense dessa forma, pense que esta
vivendo a sua vida , a vida de aventura e sonhos que vc quer seguir, eu te amo tanto que quero se seja feliz...
Eu o interrompi...
- Mas não quero te deixar, é tão... Difícil.
-Talvez com o tempo fique a ate fácil... – sua voz quase como um sussurro
- Claro q não... – eu revirei os olhos
- Você diz isso agora, mas espero , tenho quase certeza que vai me agradecer depois, eu te conhecer melhor do que ninguém e sei que você é tão independente e sonhadora quando qualquer humano ou vampiro! E espero que no fim dessa jornada, você volte para mim...
Estamos deitados na minha cama, aninhamos. Minha cabeça em seu peito, sentindo seu sangue e coração pulsarem lentamente.
-É claro q vou...
Ele não respondeu. O silencio permaneceu por pouco tempo, nossos lábios se uniram encerrando a conversa e logo ele estava dormindo.
Enquanto eu olhava para aquela face adormecida. Admitia q ele estava certo. Eu sou a garota mais sortuda do mundo, tenho o namorado perfeito, a família perfeita e mais linda do mundo, os pais mais gatos do universo, sem contar com minhas habilidades: naturais - imortalidade, super força, velocidade... - e especiais - meus poderes psíquicos. Mas quero também ter uma viva cheia de surpresas e emoções, quero saber como é morar sozinha, ser independente.
Desci para a cozinha para pensar sem o cheiro dele, e ter mais clareza do
que eu queria, e realmente ; ele muda o meu modo de pensar.
Minha mãe foi à cozinha.
-Vocês ouviram tudo, não é?! – eu perguntei a ela, Edward vinha logo atrás.
- Sim, ouvimos. - ela admitiu
-E o que acham?
Meu pai respondeu:
-Acho que ele tem razão, todos nos já tivemos suas grandes aventuras, principalmente sua mãe. – ela sorriu e ele beijou sua testa – talvez ainda tenhamos outras, nossa “não – vida” pode ser surpreendente. Digo por experiência própria, vivi 90 anos solitariamente, sem ter expectativa nenhuma de ser tão feliz como sou agora, com minha própria família, é preciso de um empurrãozinho, uma decisão para o destino nos dar aventuras e destinos inimagináveis... Minha decisão foi me render ao amor e não aos meus instintos - disse meu pai abraçado a Bella.
-Viva sua vida, querida. – minha mãe disse.
Eu respirei profundamente antes de abraçar meus pais.
Subi ao quarto e olhei mais uma vez para jake.
-Obrigada. – eu sussurrei antes de fechar meus olhos.

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